sábado, 26 de abril de 2008

O inesperado acontece todos os dias


Na maior parte do tempo procuro não fazer algo por automatismo, sabe...entre fazer algo porque todos estão fazendo ou não fazer nada, confesso que grande parte das vezes tenho optado por não fazer nada e talvez isso não seja bom, pois de certa forma me isolo de algumas situações adversas, que poderiam no final funcionar como aprendizado.

A maior prova do que estou falando ocorreu há algumas semanas em razão do aniversário de minha mãe. Uma loja aqui da cidade, pertencente a uma grande rede nacional, realiza semanalmente um encontro com os clientes que aniversariam ao longo da semana. Como minha mãe tinha feito aniversário na quinta-feira, ela foi convidada a participar desse encontro no sábado. Ela pediu que eu a acompanhasse, confesso que não estava muito empolgada com a idéia, mas como era aniversário dela e eu provavelmente me mude logo de Bauru, quis fazer esse agrado e fui com ela.

Foi um encontro muito simples, a moça do marketing da empresa apresentou diversas mensagens motivacionais e otimistas, entregou presentes a algumas clientes mediante sorteio (minha mãe não foi sorteada :( ), serviu bolo e refrigerante e fizeram algumas homenagens. Mas em meio a tudo isso, o que mais me fascinou foi uma senhorinha aniversariante, Dona Nilce de Pirajuí, uma senhora de 83 anos de um otimismo e um bom humor que eu quero pra mim pro resto da minha vida.

Uma vez ouvi alguém dizer que a vida que temos depende apenas da maneira como a vemos e acho que quem disse isso deve ter conhecido uma 'Dona Nilce'. Que pessoa fascinante!! Adoro ouvir histórias que os mais velhos contam, infelizmente não tive a oportunidade de falar com Dona Nilce, mas mesmo assim valeu muito ter conhecido aquela pessoa mesmo que de longe. No meio do encontro, o gerente da loja, perguntou se alguém queria dizer algo e eis que a ilustre convidada se levantou para declamar uma poesia. Que lindinha!!! A poesia chamava "Quero Envelhecer", não lembro uma vírgula sequer da poesia, mas lembro da essência dela e confesso que fiquei com os olhos marejados, não apenas pelo texto, mas pela maneira com que ela foi dita para todos nós, a paixão... Sabe, me emocionei não com o texto, mas com a pessoa Dona Nilce, por saber que ela já vive há tantas décadas e ainda é apaixonada pela vida que tem. Sua simpatia e otimismo serão pra mim exemplo eterno de ingredientes que tornam a nossa vida e dos outros melhor.

Faço desse texto minha homenagem à ela e às pessoas que como ela continuam não só apaixonadas pela vida, mas distribuindo esse amor à vida a quem tiver o privilégio de conhecê-las. Uma coisa posso dizer, aquela senhorinha tocou minha vida!

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