sábado, 28 de dezembro de 2013

Visão de um olhar não tão estrelado

E chega uma hora que a gente cansa... de acreditar, de duvidar de tudo, de esperar pelo melhor, de não ter o melhor e se conformar, de não sentir aquela felicidade contagiante que te deixa com o sorriso solto e te faz ficar com a barriga doendo de tanto rir. Cansada também de ficar com os braços abertos esperando tudo de BOM que a vida oferece...

Porque um dia acorda e vê que a vida não tem oferecido só coisas boas e que quem você esperava que se preocupasse principalmente com a sua felicidade, tem freqüentemente se preocupado somente com ela própria e esquecido que você faz parte da vida dela... E a culpa não é só de quem você esperou tantas coisas, mas é PRINCIPALMENTE nossa, por ter idealizado tanto...acreditado tanto nas pessoas e acima de tudo amado alguém que nunca existiu, alguém inventado pela sua cabeça de conto de fadas. E dói demais se dar conta disso. Acredito que é uma das maiores dores na vida, porque vem daquilo que você protegeu como um tesouro, justamente por acreditar no passado que nunca fosse encontrar nada semelhante. Mas encontrou e foi inacreditavelmente importante enquanto durou...Então você entende aquela frase "que seja eterno enquanto dure", porque enquanto durou, acreditava-se cegamente que era pra sempre.

E você volta a raciocinar e nota que nada sobrevive em pé durante muito tempo se você estiver lutando sozinho pelo que quer que seja. A felicidade é construída em conjunto e não adianta brigar pra que seja diferente, porque precisar batalhar pra poder estar com alguém, tira um pouco da graça de estar...

As pessoas tem sonhos diferentes, objetivos diferentes, caminhos diferentes e não adianta querer colocar atalhos para que o seu cruze com o de outras pessoas, porque isso acaba virando um labirinto, com você perdido no meio dele.

Cada qual acredita naquilo que quer e no mundinho criado inventa ser a pessoa que quiser, mas será que vale a pena se inventar pra cada pessoa que faz parte da sua vida? Um dia a realidade bate à porta.. Não há fuga possível.

Uma amiga usou um exemplo que traduz muito bem os sofrimentos que passamos na vida.. É como se fossemos um pedaço de madeira e a cada nova decepção fosse martelado um prego nessa madeira e mesmo que você tire o prego, o buraco permanece lá, não regenera nunca mais e assim, ela tem se sentido "esburacada" por esses pregos e isso acaba por contribuir pela perda de fé nas pessoas.

O fato é que, independente das pancadas que temos tomado da vida, se formos nos amargurar por cada decepção sofrida, chegará um dia que não seremos capazes de nos levantar da cama.. E não dá pra viver uma vida toda esperando sempre o pior das pessoas, sempre uma pancada mais forte. A vida fica muito sem graça.

Assim, minha promessa pra 2014 é que só vou aceitar na minha vida aquilo que me faz bem e aqueles que me querem bem. Deixar de aceitar qualquer coisa diferente disso é o primeiro passo para não permitir que as marteladas deixem cicatrizes profundas demais.

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