domingo, 27 de abril de 2008


Um dia conversando com um amigo a respeito de música, eu disse que quando descubro uma nova música que gosto muito, eu costumo ouví-la repetidas vezes, a tal ponto que chega uma hora que canso, e ele disse que eu ouço música até gastar..rs..
Ultimamente tenho 'gasto' 2 músicas: YOU AND ME do Lifehouse (a música não é nova, mas eu só descobri há pouco tempo) e PACIÊNCIA do Lenine (essa eu conheço há muito tempo, mas fazia algum que não a ouvia)...
Mas acho que boa música nunca gasta :-)

Banalização do anormal


Nas últimas semanas, a mídia de maneira geral tem sido tomada pelo Caso Isabella. Procura-se cobrir por todos os ângulos, todo e qualquer acontecimento relacionado ao crime. Sinceramente, não tenho tido o mínimo de vontade de assistir programas jornalísticos, por já saber qual será o foco e esse foco é o que mais me incomoda. Leio revistas, pois quando chega na página que fala sobre o caso, posso “pular”. Talvez seja egoísmo da minha parte não querer ver a realidade que ocorre lá fora, mas também não tenho que aceitar o que a mídia despeja. E se isso é ser egoísta, então infelizmente eu sou.
A morte da Isabella se tornou ‘algo comum’ que as emissoras exploram apenas com a finalidade de atingirem a mais alta pontuação no IBOPE. O crime se tornou produto. Por mais que os jornalistas e repórteres impostem a voz para transmitir as notícias com a seriedade e tristeza que ela merece, não convencem. Não conseguem passar a mensagem de que estão realmente interessados em descobrir os verdadeiros culpados. Parece que o mais interessante é o mistério do caso, a emoção. E isso assusta.
Triste mesmo, é que casos como o da Isabella tenham se tornado ‘comuns’ e pouco a pouco estamos nos acostumando com isso. Parece que estamos nos desumanizando. Embora esse tipo de crime ainda entristeça e surpreenda, já não choca mais como antigamente. Rezo para que em meio a tanta ‘normalidade’, não nos esqueçamos das coisas realmente importantes e nem de quem somos.

sábado, 26 de abril de 2008

Um pouco de poesia...


Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar.

Cora Coralina

O inesperado acontece todos os dias


Na maior parte do tempo procuro não fazer algo por automatismo, sabe...entre fazer algo porque todos estão fazendo ou não fazer nada, confesso que grande parte das vezes tenho optado por não fazer nada e talvez isso não seja bom, pois de certa forma me isolo de algumas situações adversas, que poderiam no final funcionar como aprendizado.

A maior prova do que estou falando ocorreu há algumas semanas em razão do aniversário de minha mãe. Uma loja aqui da cidade, pertencente a uma grande rede nacional, realiza semanalmente um encontro com os clientes que aniversariam ao longo da semana. Como minha mãe tinha feito aniversário na quinta-feira, ela foi convidada a participar desse encontro no sábado. Ela pediu que eu a acompanhasse, confesso que não estava muito empolgada com a idéia, mas como era aniversário dela e eu provavelmente me mude logo de Bauru, quis fazer esse agrado e fui com ela.

Foi um encontro muito simples, a moça do marketing da empresa apresentou diversas mensagens motivacionais e otimistas, entregou presentes a algumas clientes mediante sorteio (minha mãe não foi sorteada :( ), serviu bolo e refrigerante e fizeram algumas homenagens. Mas em meio a tudo isso, o que mais me fascinou foi uma senhorinha aniversariante, Dona Nilce de Pirajuí, uma senhora de 83 anos de um otimismo e um bom humor que eu quero pra mim pro resto da minha vida.

Uma vez ouvi alguém dizer que a vida que temos depende apenas da maneira como a vemos e acho que quem disse isso deve ter conhecido uma 'Dona Nilce'. Que pessoa fascinante!! Adoro ouvir histórias que os mais velhos contam, infelizmente não tive a oportunidade de falar com Dona Nilce, mas mesmo assim valeu muito ter conhecido aquela pessoa mesmo que de longe. No meio do encontro, o gerente da loja, perguntou se alguém queria dizer algo e eis que a ilustre convidada se levantou para declamar uma poesia. Que lindinha!!! A poesia chamava "Quero Envelhecer", não lembro uma vírgula sequer da poesia, mas lembro da essência dela e confesso que fiquei com os olhos marejados, não apenas pelo texto, mas pela maneira com que ela foi dita para todos nós, a paixão... Sabe, me emocionei não com o texto, mas com a pessoa Dona Nilce, por saber que ela já vive há tantas décadas e ainda é apaixonada pela vida que tem. Sua simpatia e otimismo serão pra mim exemplo eterno de ingredientes que tornam a nossa vida e dos outros melhor.

Faço desse texto minha homenagem à ela e às pessoas que como ela continuam não só apaixonadas pela vida, mas distribuindo esse amor à vida a quem tiver o privilégio de conhecê-las. Uma coisa posso dizer, aquela senhorinha tocou minha vida!

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